Consultoria Mercado Sênior alerta as marcas para as derrapadas estratégicas ao trabalhar com o público mais velho.
Artigo de Roseani Rocha - 1 de outubro de 2019 - 12h52
Veículo: Meio&Mensagem
Nesta terça-feira, 1º de outubro, é celebrado o Dia do Idoso, uma boa ocasião para refletir sobre o quanto, muitas vezes, esse público é tratado de forma equivocada, quando não ignorado completamente pelas marcas. Isso a despeito do fato de um quarto da população brasileira ter acima de 50 anos de idade.
No mercado há três anos, após ter sido fundado pela ex-pesquisadora da Nielsen, Juliana Acquarone, que também é professora dos cursos de pós-graduação da ESPM, a consultoria Mercado Sênior detectou cinco pontos de atenção que as marcas devem ter ao lidar com o mercado da longevidade. Mesmo jovem no mercado, a consultoria já realizou trabalhos para 20 empresas, de setores como higiene & beleza, farmacêuticas, serviços financeiros e moradia. “Os trabalhos que temos feito vão no sentido de mudar as empresas para que tenham políticas mais inclusivas também na questão da longevidade”, afirma Juliana.
Ela também critica a forma como as pessoas acima dos 50 anos são tratadas na publicidade, em geral marcadas por estereótipos ou do bonzinho sábio ou da pessoa ranzinza. Ressalta, ainda, o fato de que atualmente, pela primeira vez, o público mais jovem tem renda menor que os pais e que esta é a única parcela da população que cresce em números absolutos (até 2028, o crescimento será de 30%, ou seja, mais 17 milhões de pessoas). E enquanto a França levou um século para dobrar sua população mais velha e os Estados Unidos, 90 anos, a mudança na pirâmide brasileira ocorreu em apenas 20 anos. “Das tendências todas sobre as quais se tem falado – inteligência artificial, sustentabilidade etc -, o envelhecimento é a mais previsível”, lembra Juliana Acquarone.
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